sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cooperativisvo e as Redes Sociais

Comunicação em tempo real, agilidade e facilidade no ambiente de negócios, informações em quantidades inimagináveis ao alcance da mão de qualquer pessoa que tenha acesso a um computador são algumas possibilidades oferecidas pela internet.
As redes sociais e a Internet são movimentos indissociáveis, nos quais os usuários dispõem da capacidade de apropriar-se das ferramentas disponíveis compondo um espaço onde conhecimentos – científicos ou oriundos do senso comum - crenças, desejos e atitudes podem associar-se em uma mistura livre, sem lugares definidos.
A ampla acessibilidade, inserida na dinâmica “de todos para todos”, vem transformando também os relacionamentos profissionais e comerciais. Um número cada vez maior de organizações vem utilizando os recursos das redes sociais para divulgar suas marcas, comercializar seus produtos e, até mesmo, prospectar e selecionar novos talentos profissionais.
Neste contexto é possível perceber que as redes e mídias sociais extrapolam, em muito, o escopo que abarca a diversão e a socialização dos nossos jovens. Tornaram-se ferramentas de trabalho onde a juventude da chamada geração Y desfia seus talentos e habilidades.
O cooperativismo deve encarar os desafios contidos na utilização da internet e das redes sociais para divulgar sua “marca”, seus princípios e objetivos à população jovem. Fazer-se conhecido do público jovem é fundamental para a perpetuação e a expansão do movimento cooperativista.
Segundo um estudo conduzido pelo Ibope, em 2010, mais de 90% dos internautas - predominantemente das classes A, B e C - brasileiros estão cadastrados em pelos menos 1 sítio de relacionamento, situação que evidencia o potencial das redes sociais como elementos de disseminação do ideário e doutrinário do cooperativismo.
Entre as vantagens da utilização, pelo sistema cooperativista, das redes sociais podemos elencar, minimamente, os seguintes itens:
- A criação de um canal de comunicação direta com o usuário aproxima a “imagem institucional” do usuário/cliente;
- A construção de uma presença digital marcante, em um universo sem barreiras geográficas, contribuindo para o fortalecimento da “marca”;
- A possibilidade de acompanhar, em tempo real, o que os usuários falam/pensam sobre a organização;
Mídias tipicamente jovens e ativas, as redes sociais têm, entre suas características mais marcantes, o diálogo e o compartilhamento de interesses e informações além, é claro, da velocidade na troca destas informações. Mídia social não é apenas tecnologia, é relacionamento, é juventude em pleno movimento.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cooperativas Populares do RJ

As cooperativas populares são organizações de ajuda mútua formadas por trabalhadores economicamente marginalizados, desempregados ou subempregados, os quais, visando a geração de trabalho e renda, se associam voluntariamente e contribuem igualitariamente para a composição do capital necessário a formação da sociedade cooperativa, sendo a força de trabalho o principal capital de que dispõem. Além de ser uma forma de produzir atraente e solidária, por permitir aos trabalhadores associados gerarem renda e reinvestirem parte dela em benefício do grupo, o trabalho em cooperativas populares possui também um caráter transformador. As interações entre as pessoas possuem maior relevância e os critérios de valor igualitários, democráticos e "humanos" são privilegiados em relação aos critérios de racionalidade (produtividade, lucro, crescimento...) da economia capitalista.
Em 1999, visando dar uma identidade ao movimento, as Cooperativas Populares do Rio de Janeiro elaboraram um documento onde expuseram seus principais valores e diretrizes. Este documento, ao destacar, sob diferentes aspectos, o que caracteriza uma cooperativa popular, têm orientado muitos grupos na construção de suas cooperativas e contribuído para a promoção do Cooperativismo Popular:
Quanto à origem
As cooperativas populares são, em geral, formadas por iniciativa de profissionais de um mesmo ramo que estejam desempregados ou vivenciando situações de marginalidade econômica.
Quanto a constituição do capital
A força de trabalho é, senão o único, o principal capital que os associados dispõem no processo de criação de uma cooperativa popular; A cota parte estabelecida é igual para todos os associados e é recolhida só depois da primeira remuneração recebida. As cotas partes são estabelecidas em função dos custos necessários para legalização da cooperativa.
Quanto à gestão democrática
A diretoria de uma cooperativa popular é eleita entre os associados, com renovação garantida de pelo menos 2/3 da direção a cada eleição. As decisões são tomadas em assembléia e registradas em ata. Há conselho fiscal e conselho de ética atuantes.
Quanto a distribuição de renda
A remuneração dos trabalhadores em uma cooperativa é proporcional ao trabalho realizado e não pode exceder a três vezes o valor da menor remuneração dos cooperados, exceto quando a base salarial da categoria a ser remunerada for superior. A tabela de remuneração de todos os cooperados, inclusive diretores, é aprovada em assembléia geral, com divisão eqüitativa das sobras.
Quanto a divisão de tarefas
Todo trabalho é desenvolvido pelo associado, não havendo terceirização das atividades.
Quanto aos instrumentos de princípios autogestionários.
A criação e fiscalização dos instrumentos voltados para o desenvolvimento autogestionário da cooperativa, tais como: estatuto, regimento, fundos, atas, são de fundamental importância.
Quanto ao quadro de associados
Cabe aos associados conhecer os instrumentos de gestão democrática da cooperativa, participar das assembléias e fazer cursos de capacitação profissional.
Quanto às garantias de continuidade de uma cooperativa popular
Toda cooperativa popular deve possuir fundos de investimento que proporcione seu crescimento como empresa, assim como um fundo social que propicie a seguridade, descanso remunerado, gratificação natalina, entre outros benefícios propostos pelos associados.
Quanto à responsabilidade social
As cooperativas populares devem procurar contribuir nas ações de melhoria de sua comunidade e priorizar o ingresso de pessoas da comunidade na cooperativa. Um percentual mínimo de 1% das sobras deve ser destinado ao fundo intercooperativo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

OS RAMOS DO COOPERATIVISMO

 O modelo cooperativo tem sido usado para viabilizar negócios em vários campos de atuação. Para efeito de organização do Sistema Cooperativo elas estão organizadas por ramos conforme a área em que atuam. São eles:

Cooperativas Agropecuárias

Reúnem produtores rurais ou agropastoris e de pesca, que trabalham de forma solidária na realização das várias etapas da cadeia produtiva: da compra de sementes e insumos até a colheita, armazenamento, industrialização e venda no mercado da produção. Para assegurar eficiência, a Cooperativa pode também, promover a compra em comum de insumos com vantagens que, isoladamente, o produtor não conseguiria.


Cooperativas de Consumo
Caracterizam-se pela compra em comum de artigos de consumo para seus cooperantes, buscando diminuir o custo desses produtos. Na prática funcionam como supermercados.

Cooperativas de Crédito
São sociedades de pessoas destinadas a proporcionar assistência financeira a seus cooperantes. Funcionam mediante autorização e fiscalização do Banco Central do Brasil, porque são equiparadas às demais instituições financeiras. Para consecução de seus objetivos podem praticar as operações passivas típicas de sua modalidade, como obter recursos no mercado financeiro, nas instituições de crédito, particulares ou oficiais, através de repasses e refinanciamentos. Podem captar recursos via depósito à vista e a prazo, de seus cooperantes; fazer cobrança de títulos, recebimentos e pagamentos, mediante

convênios correspondentes no país, depósitos em custódia e outras captações típicas da modalidade. No que se refere às operações ativas, diferem dos bancos, fundamentalmente, porque só podem contratar essas operações, isto é, empréstimos de dinheiro, com seus cooperantes, ao contrário dos bancos, que operam com o público em geral. O cooperativismo de Crédito em nosso país estava organizado em 2 modalidades distintas, as cooperativas de crédito mútuo (urbano) e as cooperativas de crédito rural. O modelo brasileiro era o que se chama de cooperativas fechadas, pois só podiam associar pessoas de um grupo social específico, por exemplo, para ser sócio de uma cooperativa de crédito rural a pessoa tinha que ser proprietário de uma propriedade rural e, para ser sócio de uma cooperativa de crédito mútuo, a pessoa tinha que pertencer a um grupo profissional específico, médicos, advogados, ou, trabalhar em uma mesma empresa, exemplo, SEBRAECOOP.

Este cenário mudou com a resolução 3106 do Banco Central que criou as chamadas cooperativas mistas. A partir dessa resolução as cooperativas de crédito rural poderão associar pessoas de outros grupos sociais, independentes de terem propriedade rural ou não. O mesmo valendo para as cooperativas de crédito mútuo que podem associar pessoas de diferentes grupos profissionais. A resolução criou também, a cooperativa de empreendedores formada por empresários dos vários ramos da atividade empresarial


Cooperativas Educacionais

Surgiram como uma solução para a crise que enfrentavam as escolas brasileiras. Pais e alunos se uniram para enfrentar a falta de estrutura do ensino público e o alto custo das mensalidades das escolas particulares. Essas cooperativas podem oferecer todos os níveis de ensino ou, concentrar o serviço apenas em um tipo de atendimento como educação infantil, por exemplo. Outras oferecem cursos profissionalizantes. Há ainda as escolas agrícolas. A escolha do nível de ensino em que a cooperativa vai atuar depende, também, das necessidades das pessoas cooperadas. A vantagem desse modelo é a de que os pais dos alunos participam da definição da proposta pedagógica da escola e dos custos necessários para viabiliza-la.

Cooperativas Especiais

Compostas pelas cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas. A Lei n. 9.867, do dia 10 de setembro, de 1999, criou a possibilidade de se constituírem cooperativas “sociais” para organização e gestão de serviços sociosanitários e educativos, mediante atividades agrícolas, industriais, comerciais e de serviços, contemplando as seguintes pessoas: deficientes físicos, sensoriais, psíquicos e mentais, dependentes de acompanhamento psiquiátrico permanente, dependentes químicos, pessoas egressas de prisões, os condenados a penas alternativas à detenção e os adolescentes em idade adequada ao trabalho e situação familiar difícil do ponto de vista econômico, social ou afetivo. As cooperativas sociais organizam o seu trabalho, especialmente no que diz respeito às dificuldades gerais e individuais das pessoas em desvantagem, e desenvolvem e executam programas especiais de treinamento, com o objetivo de aumentar-lhe a produtividade e a independência econômica e social. A condição de pessoa em desvantagem deve ser atestada por documentação proveniente de órgão da administração pública, ressalvando-se o direito à privacidade. O estatuto da dita “Cooperativa Social” poderá prever uma ou mais categorias de sócios voluntários, que lhes preste serviços gratuitamente, e não estejam incluídos na definição de pessoas em desvantagem.

Cooperativas de Habitação
Compostas pelas cooperativas destinadas à construção, manutenção e administração de conjuntos habitacionais para seu quadro social. As cooperativas deste tipo utilizam o autofinanciamento ou as linhas de crédito oficiais pra produzir imóveis residenciais com preços abaixo do que se pratica normalmente no mercado, conseguidos através de gestão dos recursos com maior eficiência. O custo total do empreendimento é rateado, de acordo com a unidade escolhida, entre os cooperantes, que contribuem com parcelas mensais e acompanham todas as fases da produção dos imóveis: da aquisição do terreno e elaboração do projeto até a entrega das chaves.

Cooperativas de Infra-estrutura
Antes denominado “Energia/Telecomunicações e Serviços”, composto pelas cooperativas, cuja finalidade é atender direta e prioritariamente o próprio quadro social com serviços de infra-estrutura. As cooperativas de eletrificação rural, que são a maioria, aos poucos estão deixando de ser meras repassadoras de energia para se transformar em geradoras de energia.

Cooperativas de Mineração
Compostas pelas cooperativas com finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais

Cooperativas de Produção

Compostas pelas cooperativas dedicadas à produção de um ou mais tipos de bens e mercadorias, sendo os meios de produção coletivos, através da pessoa jurídica, e não individual do cooperante. É um ramo relativamente novo, cuja denominação pertencia antes ao ramo agropecuário. Para os empregados, cuja empresa entra em falência, a cooperativa de produção geralmente é a única alternativa para manter os postos de trabalho.

Cooperativas de Saúde

Compostas pelas cooperativas que se dedicam a recuperação e preservação da saúde humana. É um dos ramos que mais rapidamente cresceu nos últimos anos, incluindo médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos e profissionais afins. Nelas são três as preocupações básicas: valorização do profissional com melhor remuneração, condições de trabalho adequadas e atendimento de qualidade ao paciente. É interessante ressaltar que esse ramo surgiu no Brasil e está se expandindo rapidamente para outros países.

Cooperativas de Trabalho
São sociedades de pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro, vez que o resultado do trabalho é dividido ente os cooperantes. Trata-se de uma modalidade que vem despontando como opção para gerar, manter ou recuperar postos de trabalho. Denominam-se cooperativas de trabalho, tanto as que produzem bens como aquelas que produzem serviços, sempre pelos próprios cooperantes. Atividades como artesanato, consultoria, auditoria, costura, informática e segurança, são alguns exemplos da atuação deste tipo de cooperativa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Cooperativismo Social

O cooperativismo social, vertente de uma das propostas que estão na raiz do cooperativismo que é a responsabilidade social.
Representando 8% da força de trabalho na Europa, a economia social envolve cerca de nove milhões de pessoas, empregando principalmente trabalhadores desfavorecidos, o cooperativismo social é um modelo da nova geração de cooperativas que surgiram no mundo nos últimos 30 anos.
De acordo com o presidente da ACI, o Parlamento Europeu define a economia social pela prioridade do indivíduo sobre o capital. O objetivo das cooperativas sociais é o trabalho voltado especificamente para a melhoria da situação social das pessoas carentes e grupos marginalizados, como idosos ou deficientes mentais. Na Itália, as cooperativas sociais já são o maior fornecedor de serviços sociais do país.
Existem na Itália cerca de seis mil cooperativas com 160 mil adeptos, dentre os quais 15 mil desfavorecidos. A idéia está se difundindo também na Espanha, França e Suécia. Normalmente são cooperativas pequenas, com no máximo 22 adeptos. Os profissionais que trabalham internamente têm alto nível técnico.
Baberini classificou as cooperativas sociais em dois tipos: A - que trabalha com educadores, assistentes sociais, enfermeiros, cujo público são deficientes, idosos, menores de idade e dependentes químicos, tendo como atividades principais prestação de saúde, educação, entre outras; e B - que trabalha com a inclusão social de pessoas desfavorecidas, como desempregados, mendigos, entre outros. As atividades principais desenvolvidas por este tipo de cooperativa são a reciclagem de lixo, artesanato, limpeza, entre outras.
“A empresa cooperativa demonstrou, ao longo de todos esses anos, uma grande capacidade evolutiva, passando com competência dos setores mais tradicionais para os inovadores”, afirmou Barberini. Nos últimos 160 anos, os números do cooperativismo se multiplicaram: 800 milhões de sócios, 100 milhões de adeptos, 400 milhões de agricultores associados em cooperativas, 50% da produção agrícola mundial passando por atividades das cooperativas e presença em mais de 100 países.
Para mostrar e evolução do cooperativismo no mundo, o presidente da ACI disse que Atualmente na Índia existem cinco milhões de cooperativas, envolvendo 236 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, há 26 milhões de sócios de cooperativas de eletrificação e 40% da população americana tem alguma ligação com cooperativas de crédito.
Na Estônia, 45% das famílias vivem em casas de cooperativas e na Holanda, as cooperativas agrícolas cobrem 75% do mercado. No Brasil, segundo ele, nos últimos 90 anos, o cooperativismo cresceu seis vezes. Apenas no ano passado, as cooperativas foram responsáveis por exportações no valor de US$ 1 bilhão.
O Sebrae também é um parceiro do cooperativismo. O Sistema Sebrae apóia mais de dois mil empreendimentos coletivos, como associações, cooperativas, consórcios e núcleos setoriais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Cooperativa - Vinícola Aurora

A história da AURORA inicia em 1875, com a chegada de imigrantes oriundos do norte da Itália. Estabelecidos na Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, encontraram paisagens e clima similares aos de seu país de origem. Assim, os hábitos e a cultura europeus não foram abandonados, e a antiga arte da vitivinicultura logo teve sua retomada.
No dia 14 de fevereiro de 1931, dezesseis famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, reuniram-se para lançar a pedra fundamental do que viria a se transformar no maior empreendimento do gênero do Brasil: A COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA . Um ano mais tarde, já contabilizavam a produção coletiva de 317 mil quilos de uvas e fixavam a base de um empreendimento destinado não só a ser o maior, mas também um dos mais qualificados tecnologicamente.
Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, a Vinícola Aurora é a maior do Brasil. O número de famílias que se associaram à cooperativa ultrapassa 1.100, sendo a produção orientada por técnicos que, diariamente, estão em contato com o produtor – fornecendo-lhe toda a assistência necessária. A equipe técnica se responsabiliza pelo acompanhamento permanente do processo industrial e pela qualidade final dos produtos, sempre com a atenção voltada para o desenvolvimento de uma tecnologia de ponta.
A conquista da posição que ocupa há mais de duas décadas foi possível graças à constante modernização de seu parque industrial, à alta tecnologia de suas unidades e aos rigorosos padrões exigidos nos processos de produção. O cuidado extremo com a rotina produtiva, observado a partir da plantação das mudas ao engarrafamento do produto, faz parte da receita de crescimento constante do empreendimento durante todos esses anos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cooperativa de Orgânicos em New York

Moradores de NY se organizam em cooperativa de alimentos orgânicosA cooperativa surgiu nos anos 70. “Os Estados Unidos estavam no auge da contra cultura: movimento pelos direitos civis, contra a guerra do Vietnã. A gente, além de pensar em política, começou a pensar em comida: de onde vem? Podemos confiar no agrobusiness? Como viver sem agrotóxicos?", afirma Joe, um dos fundadores.
Joe arregaçou as mangas e organizou um grupo de pessoas. Eles selecionaram fornecedores e juntos começaram a trabalhar.
As mercadorias não podem custar mais do que 21% do preço de custo. Os funcionários são os associados. Eles não recebem salário e o pagamento é o direito de comprar na cooperativa. Os empacotadores, a moça do caixa, faxineiros... são todos associados.
A professora universitária Marcella se equilibra na escada para arrumar as prateleiras. “Como italiana, gosto muito de cozinhar e de produtos frescos”, garante. Ela conta com a ajuda da professora de yoga, para estocar os saquinhos de batata.
Cada associado precisa trabalhar pelo menos 2h45 por mês. No subsolo, uma equipe se divide para embalar pedaços de queijo, ervas, frutas, secas.
Laurie é designer de uma loja sofisticada em Manhattan. Ela prepara os saquinhos de cerejas. “A gente faz com amor", ela diz.
Além dessa preocupação grande com o que as pessoas comem, existe também um cuidado com o meio ambiente. A energia elétrica usada no local vem dos ventos. A companhia de eletricidade de Nova York oferece um plano em que as pessoas podem optar por usar energia limpa e é essa que está iluminando as prateleiras, a gôndola, todo o supermercado.
A conta de luz fica 15 mil dólares mais cara, por ano, mas ninguém reclama de pagar mais. Nesse caso, é para proteger o meio ambiente.
O mercado não dá lucro. O dinheiro das vendas é usado para comprar mais mercadoria e para manter a cooperativa.
A brasileira Fernanda trabalha no caixa. “Totalmente hippie, super hippie. O que é mais legal é esse ambiente de comunidade que eu não vejo em São Paulo. Todo mundo se ajuda, todo mundo se conhece, uma vida de bairro, um dia você está trabalhando, outro dia você conhece vizinhos, é uma vida de bairro”, conta.
Fonte: Jornal Hoje - Giuliana Morrone Nova York, EUA

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cooperativa Mista da FLONA

A Cooperativa Mista da FLONA Tapajós (COOMFLONA) teve sua origem com o Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável na Amazônia (PROMANEJO). O PROMANEJO era um dos projetos do Programa Piloto de Proteção de Florestas Tropicais (PPG7) e atuou durante 11 anos na FLONA Tapajós, por meio de financiamentos do KFW (Banco Alemão de Desenvolvimento).
"Nossas comunidades que se mobilizaram em torno de um bem comum para melhoria da renda das famílias da FLONA do Tapajós atendendo os critérios de exploração florestal com impactos reduzidos, esta luta foi iniciada no inicio desta década com consolidação do Projeto no ano de 2005, e a cada ano vem se concretizando este sonho com os esforços de todos os cooperados para uma melhor produtividade desta mantendo o menor impacto na área de exploração do projeto e também uma conscientização ambiental de todos os cooperados, assim como o apoio de todos os comunitários que pensam em um dia usufruir dos frutos deste esforço comum."
Sabendo que esta cooperativa passou por problemas de gestão no inicio do projeto e que superando as dificuldades segue com passos firmes ao sucesso deste investimento que foi apoiado pelo Governo Federal, sabendo investir cada centavo aplicado neste empreendimento, com todas as prestações de contas em dias e com uma administração transparente voltada ao fortalecimento das comunidades envolvidas, e apoiando também as comercializações de todos os produtos oriundo das comunidades da FLONA Tapajós.
Foram se fortalecendo a cada ano desde o inicio do projeto onde inicialmente se trabalhava na cooperativa com extração de produto madeireiro realizando no primeiro ano uma exploração de 850,042 m³ de madeira em tora no segundo 3.650,825 m³ no terceiro 7.843,271 m³ e em 2009  13.423,44 m³, com uma previsão de 16.000,00 m³ para 2010, sendo estes trabalhos realizados de forma sustentável aplicando todas as técnicas usadas para exploração com impacto reduzido, onde com este tipo de exploração se pretende manter uma produção sustentável após o ciclo de corte que é de 30 anos estas explorações são comprovadas pelos órgãos ambientais responsáveis pelas autorizações, levando em consideração que até hoje se realizou uma extração de no máximo 17 m³/ha (metro cúbico por hectare), sendo liberado pela legislação vigente até 30 m³/ha, assim comprovando um menor impacto aplicado na área de exploração do Projeto Ambé onde pretende-se chegar a uma eficiência de até 22 m³/ha o que equivale em torno de 73% do volume permitido por lei, no entanto para alcançar este nível de volumetria estamos realizando uma melhor comercialização de outras espécies o que aumenta o volume a ser explorado e diminui a pressão em cima das espécies que hoje tem um maior potencial de exploração, mantendo assim a política de exploração com impacto reduzido.
Esta cooperativa vem investindo esforços também para aperfeiçoamento de comercialização de produtos não madeireiros ampliando o leque de produtos a comercializar e um melhor aproveitamento dos produtos florestais na Amazônia, assim como atingir um maior numero de comunitários envolvidos no setor produtivo desta cooperativa, visando uma melhor condição de vida as comunidades da FLONA mantendo a política de sustentabilidade e preservação Ambiental.

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Lajeado, Rio Grande do Sul, Brazil
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