segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cooperativismo e seus símbolos

Uma sociedade de pessoas que se unem voluntariamente para fazer frente às suas necessidades e aspirações econômicas, sociais e culturais em comum por meio de uma empresa de propriedade conjunta e democraticamente controlada. É com esse princípio que cooperativas são organizadas prezando não apenas resultado econômico, mas também desenvolvimento social, ou seja, melhoria da qualidade de vida. A cultura cooperativista busca, assim, desenvolver a capacidade intelectual das pessoas de forma criativa, inteligente, justa e harmônica, visando melhoria contínua.
Muitos países desenvolvidos descobriram há décadas a função essencial do cooperativismo como instrumento de geração de renda, trabalho e diferencial de aumento de produtividade. Segundo dados da Aliança Cooperativa Internacional (AIC), estima-se que 800 milhões de homens e mulheres são sócios de cooperativas em todo o mundo. Além disso, pelo fato de os negócios cooperativos serem importantes não somente para seus sócios e colaboradores, mas também para seus familiares, o total de pessoas que, direta e indiretamente, têm suas vidas ligadas ao cooperativismo é estimado em 3 bilhões.
No Brasil, o Sistema Cooperativista Brasileiro, consolidado desde 1971 pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), integra hoje cerca de 6,7 milhões de cooperados, ligados a mais de 7,5 mil cooperativas de 13 ramos de atividade econômica. O cooperativismo, a cada dia, passa a ocupar espaço maior no cotidiano dos cidadãos e das empresas. Há cooperativismo na cultura, na produção industrial, no transporte, na agricultura e em todos os ramos que possibilita que os cidadãos façam do seu trabalho a forma de se desenvolverem e criarem melhores condições de vida.

Símbolo do Cooperativismo
Círculo
Eternidade da vida. Não há princípio nem fim.
Pinheiro
Imortalidade, perseverança e fecundidade.
Verde escuro
Plantas e folhas. O princípio vital da natureza
Amarelo
O sol, fonte de luz e riqueza.
Os dois pinheiros
A necessidade de união e cooperação.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

COMUNISMO-COOPERATIVISTA

Cooperativismo surge dentro do Comunismo mais puro praticado em toda história da humanidade. No livro bíblico de Atos dos Apóstolos, em seu capítulo 2 e versos 42 a 47 (ver também capítulo 4 e versos 32 ao 37) podemos conhecer o surgimento mais genuíno do comunismo-cooperativista. “Todas as coisas lhes eram comum” isso determina uma forma de gestão política, econômica e social praticada pelos que se convertiam dando origem assim a uma comunidade diferente dentre todas as outras. Então sabemos que o cooperativismo não é uma novidade, mas o jeito mais antigo e eficiente de se administar uma sociedade voltada para o coletivo em detrimento ao indivíduo.
Abaixo descrevo o cooperativismo em todo mundo (segundo Wellington R. Costa), com embasamento bíblico, numa demonstração compacta sobre a evolução da humanidade atrelada ao comunismo-cooperativista.

“Para entender o início do cooperativismo devemos focar o momento em que nossos ancestrais saíram da irracionalidade para a racionalidade. Esta passagem, que ocorreu atrelada com a evolução do raciocínio, foi sem dúvida alavancada pelos processos de caça. Os caçadores, sempre em busca de alimento para a tribo, se uniam, formando a mais primitiva forma de cooperativismo humano conhecida.

Do passado remoto até os dias de hoje podemos denotar uma quantidade enorme de iniciativas cooperativistas que auxiliaram a evolução humana em todas as esferas: Caça, pesca, obtenção de frutos da natureza e formas rudimentares de agricultura, como postulam atualmente os antropólogos, detinham aspectos de cooperativismo. A arte rupestre nos proporciona um registro comprobatório significativo destas rudimentares formas de cooperativismo.

No inicio da história, com a descoberta da escrita, há registros de formas de cooperativismo.

Na Antiga Babilônia, berço da civilização humana, formas de cooperativismo eram prática corrente. Isto pode ser abstraído de textos cuneiformes e mesmo na primeira epopéia humana conhecida na sua forma “tardia” (século VII A.C.) como é difundida no Ocidente: “A Epopéia de Gilgamesh”.

No Livro de Enoque, texto apócrifo contemporâneo à Bíblia, existe exemplos de cooperativismo na pecuária.

Na Bíblia em diversas passagens vemos menções a práticas cooperativas por vários povos.

Na Índia antiga textos em sânscrito da epopéia Mahâbhârata, de que faz parte o Bhagavad-Gîtâ, os quais foram compilados para a forma atual entre os séculos 5 e 1 a.C., nos trazem indicações de cooperativismo.

No Egito Antigo encontramos exemplos cooperativistas na construção de algumas das pirâmides e monumentos, bem como na produção da agricultura e de artigos artesanais de consumo.

Na Grécia Clássica já existiam formas de cooperação nos campos de trigo e no artesanato devidamente registrados. Aristóteles acreditava que a atividade filosófica cooperativa era capaz de conduzir ao verdadeiro conhecimento.

Na Alta Idade Media a Ordem dos Templários, embora norteada por escopo religioso, gerenciava parcialmente seus bens de modo cooperativista.

Na Baixa Idade Media e inicio do Renascimento, os artesões com suas confrarias que impulsionaram o renascimento do comércio eram essencialmente cooperativistas.

Nas Américas as antigas civilizações Asteca, Maia, Olmeca, Tolteca e outros grupos indígenas (mesmo alguns que subsistem na atualidade) formavam cooperativas de agricultura, caça e pesca.

As Missões Jesuítas na América Latina, inclusive no Brasil, desenvolveram posturas cooperativistas na produção agrícola e mesmo na produção de cultura com suas orquestras, corais, escultores, atores e pintores.

Nas artes temos durante o período Parnasiano o nascimento das Academias, que eram na verdade unidades educacionais voltadas a ensinar das artes a seus alunos. A administração de algumas destas Academias seguiam critérios cooperativistas.

Outro aspecto das artes que teve origem cooperativista são os vernissages. Estes, na sua origem, ocorriam na noite anterior à abertura de uma exposição. Os artistas que iriam expor se reuniam e, com ajuda de outros artistas, davam a última passada de verniz sobre as obras que deveriam ser expostas no dia seguinte. Ajuda mútua é cooperativismo.
O Cooperativismo Moderno, depois de vivenciar uma vasta tradição humana de mais de 10 milênios de historia amplamente documentada, reaparece como uma reação a alguns aspectos da primeira revolução industrial. Surgiram na França e Inglaterra sociedades com características de cooperativas. Tais movimentos foram conduzidos por idealistas, como Robert Owen, Louis Blanc, Charles Fourier, entre outros, que defendiam propostas baseadas nas idéias de ajuda mútua, igualdade, associativismo e auto-gestão. Estes são os mesmos princípios que norteavam as cooperativas da Baixa Idade Média e início do Renascimento. Em 1844 28 tecelões na Inglaterra criaram uma sociedade de consumo, baseada no cooperativismo puro, chamada “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”. Esta sociedade fundamentou os chamados “Princípios Básicos do Cooperativismo”. Na batida do tempo tais conceitos se aperfeiçoaram. Entretanto, no seu cerne manteve: adesão livre e voluntária, gestão democrática pelos cooperados, participação econômica dos membros, autonomia e independência, educação, formação, informação, inter-cooperação e interesse pela comunidade”.

Assim se forma, durante toda linha histórica, o verdadeiro comunismo-cooperativista. O importante é o coletivo, o indivíduo trabalha em prol do coletivo e assim toda sociedade tem harmonia, prosperidade e paz. Uma vez não havendo conflitos por causa da ganância, que acontece sempre que o indivíduo é o “centro de todas as coisas”, este tipo de sociedade viverá em paz, e por conseqüência, prosperará em tudo o que fizer, determinando que não “haverá necessitados entre eles”. Ao contrário do capitalismo, gerador do individualismo, onde a disputa, a concorrência, a competitividade está sempre presente em todos seus atos gerando conflitos eternos.

Necessitamos de uma reeducação direta e eficiente para que toda sociedade conceba o feto do cumunismo-cooperativista, preparando, por todos os meios, ambiente para o nascimento de uma sociedade pura, voltada para o bem de todos. Infelizmente no feudalismo ou no capitalismo nunca haverá ambiente para que se desenvolva um comunismo-cooperativista em sua essência, daí a necessidade de se desenvolver e aplicar uma educação específica em todos os níveis.

As religiões, embora tendo em suas mãos os verdadeiros conceitos que dá origem ao comunismo-cooperativista, não se empenham com afinco para que isso ocorra. Pelo contrário, negligencia em suas liturgias e cerimoniais quando focam o individualismo em detrimento do coletivo. É no seio religioso que nasce o comunismo-cooperativista determinado por Jesus e exposto em Atos dos Apóstolos. Quiçá os líderes religiosos conhecessem mais a fundo esse sistema, e se empenhassem em estimular a prática do mesmo, causariam um impacto global que desestruturaria os sistemas individualistas reinantes em todos os cantos do mundo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cooperativa - Projeto Biodiesel

A cooperativa remodela é responsável por implantar o Projeto Biodiesel na região de Campinas. Fundada em 2002, a Remodela é composta por 23 Cooperados dos mais diferentes perfis profissionais e acadêmicos. Tem como objetivo: proporcionar oportunidades de trabalho, renda e educação aos seus cooperados, familiares e à comunidade. A Remodela tem compromissos de aplicar a ética, a responsabilidade sócio-ambiental e a solidariedade, conforme os ideais do cooperativismo. A Cooperativa é signatária do PNUMA - Programa para Produção Limpa, da ONU e está no plano da Secretaria de Geração de Trabalho, Renda, Cidadania e Inclusão Social da municipalidade. Esse projeto é fruto de parcerias, convênios e intercâmbios com empresas e entidades do setor público e privado tais como: Prefeitura de Campinas, SANASA, universidades, autarquias e ongs ambientais, dentre outras.

Programa Campinas Recicla

O Programa Campinas Recicla, é um dos pioneiros de coleta seletiva no Brasil e um dos mais bem sucedidos. Foi implantado pela Prefeitura de Campinas e objetiva fomentar diversas cooperativas de triagem de resíduos sólidos recicláveis. Esse programa foi ampliado, absorvendo também a coleta do óleo comestível descartado.

NOTA: a Cooperativa Remodela está com toda a documentação em ordem, inclusive CETESB, e responsabiliza-se pela destinação correta dos resíduos coletados que será utilizado como matéria-prima para produção de “Biocombustível”.

sábado, 2 de julho de 2011

Hoje é o "Dia Internacional do Cooperativismo 2011".

O Dia Internacional do Cooperativismo foi instituído em 1923, no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional - ACI, com o objetivo de comemorar, no primeiro sábado de julho de cada ano, a confraternização de todos os povos ligados ao Cooperativismo.
Originalmente denominava-se "Dia da Cooperação".
Com o tempo passou a ser chamado "Dia do Cooperativismo", e atualmente, "Dia Internacional do Cooperativismo".
O Dia Internacional do Cooperativismo, instituído em l923 no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), é comemorado no primeiro sábado de julho de cada ano, dia da confraternização de todos os povos ligados pelo cooperativismo. No Brasil, a construção de um estado cooperativo surgiu com os jesuítas por volta de 1610. Por mais de 150 anos, esse modelo deu exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da produção.
Mas o movimento cooperativista no Brasil surgiu mesmo em 1847 nos sertões do Paraná seguindo modelos europeus. A partir desta data cada cooperativa fez sua própria história. As cooperativas de crédito, esfaceladas desde meados dos anos 60 e durante a década de 70, buscam novamente seu espaço. Em 1902, no Rio Grande do Sul, um padre jesuíta implantou um modelo de cooperativismo baseado em experiências alemãs junto a pequenas comunidades rurais e vilas. No final dos anos 20, um segundo modelo de cooperativa de crédito chegava ao Brasil.
O terceiro e último modelo chegou ao País no final da década de 50 com Maria Thereza Rosália Teixeira Mendes, a Terezita, como carinhosamente era chamada. Ela organizou a constituição de dezenas de cooperativas de crédito mútuo em todo Brasil.
No Brasil, existem 5.700 cooperativas e 6 milhões de cooperados. As cooperativas geram cerca de 168 mil empregos diretos e estão presentes na agropecuária, saúde, trabalho, educação, habitação, crédito, consumo, serviços, eletrificação e telecomunicação. O cooperativismo de crédito soma mais de 1.000 cooperativas e mais de 1 milhão de associados.

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